sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Huis Clos no Negócio (ZDB) até dia 27, todos os dias às 21.30



Huis Clos é um espectáculo de teatro a partir de uma peça de teatro. Desde Os Justos, estreado em 2004, não fazíamos uma peça. Temos vindo a adoptar materiais não-dramáticos como ponto de partida e a fazer depender da natureza desses materiais a resolução dos espectáculos. Uma colecção de selos, o registo áudio de um jantar preparado conjuntamente por três amigas, documentários sobre violência e sobre catástrofes, um ensaio de Walter Benjamin, os grandes discursos políticos da História, um conjunto de cerca de 2000 bibelots.  Em Huis Clos, entre o divertimento de regressar a um modo de fazer canónico e a desconfiança em relação a esse cânone, propusemo-nos um exercício de equilibrismo. Apresentar o texto como uma obra de literatura que se basta a si mesma ou diluí-lo numa “encenação”. A possibilidade de uma representação verosímil, que se tenta aproximar do virtuosismo, ou a cena apresentada como infra-estrutura. A movimentação emocional do triângulo de personagens ou o carácter esquemático, quase matemático, do texto de Sartre.


texto Jean-Paul Sartre, 1944 . tradução mala voadora . direcção Jorge Andrade . com Anabela Almeida, Bernardo de Almeida, Jorge Andrade e Sílvia Filipe . cenografia José Capela . luz João d’Almeida . fotografia José Carlos Duarte

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