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Uma
colecção de selos. Projectados e ampliados sobre uma tela, os selos começam por ser objecto de análise filatélica e histórica para,
depois, se tornarem protagonistas de deambulações romanescas. Recria-se a
chegada dos portugueses (e do armamento europeu) ao Japão. O
espectáculo é operado ao vivo por três pessoas sentadas em torno de uma mesa:
uma manipula os selos sob a mira de uma câmara de filmar; outra faz a locução;
outra manipula maquinaria de som.
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Walter Benjamin escreveu: “Nos
selos, os países e os mares são apenas províncias, os reis apenas os
mercenários dos números que derramam sobre eles a sua cor a seu bel-prazer. Os
álbuns de selos são obras de consulta mágica, neles estão inscritos os números
dos monarcas e dos palácios, dos animais e das alegorias e dos Estados. A
circulação postal assenta na sua harmonia, tal como o movimento dos planetas
assenta na harmonia dos números celestes.”
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Philatélie estreou a
23 de Agosto de 2005, na Fundação
Calouste Gulbenkian, no âmbito do Programa Criatividade e Criação Artística. A
versão que agora apresentamos no Citemor é nova. Foram introduzidos outros
selos (nunca deixámos de os adquirir) e, com os provenientes de alguns países,
contemplam-se actualidades da geopolítica.
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direcção Jorge Andrade . texto Miguel Rocha
. som Sérgio Delgado . com Anabela Almeida, Jorge Andrade e Sérgio Delgado .
co-produção Fundação Calouste Gulbenkian – Programa Gulbenkian Criatividade e
Criação Artística
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