1. “Todos os grandes acontecimentos da História do mundo ocorrem duas vezes, a primeira como tragédia, a segunda como farsa.” Marx utiliza termos do teatro para retirar o tapete aos folclores revolucionários, oferecendo ao mesmo tempo um perigoso argumento aos cínicos.
2. O modelo de construção poética chamado “teatro” evoluiu na relação entre o que se comunica e a retórica da comunicação. Tal como os discursos políticos. A diferença é que o teatro pode optar por não dizer nada (uma opção política), ou por ser político através da retórica – duas possibilidades que não se colocam nos discursos, porque eles têm de parecer sempre que dizem qualquer coisa.
3. Overdrama é um espectáculo de teatro feito com uma peça de teatro (não é o que costumamos fazer). Convidámos o Chris Thorpe para escrever uma peça sobre a revolução com os recursos narrativos do drama burguês: problemas no “seio da família”, adultério e outros desamores, ricos e pobres, o intrincado quiproquó, coincidências felizes e coincidências infelizes, destinos ameaçados, vítimas, esperas, expectativa. E redenção. E pathos.
4. “Moral da história” e “moral da História”.
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texto Chris Thorpe . tradução Francisco Frazão . direcção Jorge Andrade . com Anabela Almeida, Cláudia Gaiolas, Flávia Gusmão, Jorge Andrade, Márcia Breia, Marco Paiva, Miguel Damião, Miguel Fragata, Pedro Gil, Sílvia Filipe, Tânia Alves e Wagner Borges, entre outros . cenografia José Capela, com fotografias de Bruno Simão . figurinos Rita Lopes Alves . luz Daniel Worm com assistência de Eduardo Abdála . música Chris Thorpe . produção Manuel Poças . co-produção mala voadora e Culturgest . apoio Cine-Teatro Joaquim d’Almeida, Fundação Calouste Gulbenkian e NG5 . agradecimentos Chão de Oliva, Isaque Pinheiro, Leonor Sá, Miguel Pina Martins, Rute Carlos, Telmo Alcobia . A mala voadora é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura / Direcção Geral das Artes, e é estrutura associada da Associação Zé dos Bois.
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